Esse conceito pode ser entendido como um choque entre a erudição no sentido
antigo – o que significa dizer que o pensamento se desdobra em liberdade,
pensamento que não se orienta por nada alheio a si mesmo – e as formas
contrárias de pensamento que são apropriadas quando as necessidades básicas
privam os seres humanos da oportunidade de usos mais valiosos de suas
capacidades mentais definidoras manter-se vivo e saudável.
O propósito das artes liberais é se engajar em atividades que valham a pena em
si mesmas, atividades que possam dar sentido a permanecer vivo e saudável.
Na visão de Brewer, o objetivo de uma educação universitária é cultivar uma
apreciação pelo tipo de estudo teórico que Aristóteles apresenta como a melhor
forma de vida do ser humano.
https://sites.unoeste.br/blog-unoeste/quanto-tempo-faculdade-direito/
Uma faculdade que dá um lugar significativo à
educação profissional está em oposição direta ao propósito de estudar as artes
liberais em geral, e a filosofia em particular. Ao alinhar-se com o valor intrínseco
do estudo teórico, a faculdade mantém-se fiel às suas raízes históricas como
instituição de ensino. No entanto, há razão para ser cético quanto ao mérito
desses argumentos.
Vou atender primeiro ao argumento histórico. A sugestão feita pelos defensores
do conceito teórico é que a história da faculdade cumpre sua função essencial
como uma instituição dedicada à vida da mente – de estudo teórico por si só.
Mas quando acompanhamos de perto a história da faculdade, não encontramos
um suporte claro nem para o conceito teórico nem para o prático. Ao contrário,
a história da faculdade é marcada pela oscilação entre as duas concepções.